CIRES PEREIRA
Armas não defendem, matam!
Quem se arma quer a guerra, não a paz
Obedece ao surrado mantra fascista
“Precisamos da guerra se queremos ter paz”
Não há guerra sem uma motivação
Quem a quer, cria os seus motivos
Escaramuças são estimuladas
A amizade entre nações, não pode!
Nos quartéis, os ociosos custeados pelo contribuinte, precisam de passatempo
Lustram coturnos e engomam fardas
Fazem barba, cabelo, às vezes o bigode.
Simulam diuturnamente as estratégias
Elaboradas pelos bem pagos “superiores”
Inventam hinos, medalhas e datas
E vociferam: “somos os protetores da nação”
Dizem amar sua nação, mais que os não fardados
Aprendem a repetir que seu lado é o da nação
Não são poucos aqueles que incorporam este dito
E se aventuram em chefiar governos e repartições.
Guerras econômicas provocam guerras
Grandes contra Grandes, ironicamente,
Decidem o destino dos pequenos na terra
O Capital concebe e o oficialato executa
No teatro belicoso, sobreviventes do drama social São feitos “bucha de canhão” pelos medalhados.
A verdade é ignorada pelas narrativas triunfalistas
É a primeira das milhões de vítimas da “barbárie”.
As guerras forjadas pelos grandes
matam milhões de vidas miseráveis
dilaceram os sonhos dos humilhados
desabam as esperanças dos excluídos.
NOTA: Espero que o grande Tolstoi me perdoe por não compilar nestas pobres linhas, seu célebre título do maior de seus romances, publicado há 155 anos, e um dos maiores da História.