CIRES PEREIRA
Além da minha mãe, conheci e conheço algumas centenas de mães, já li e já ouvi falar sobre muitas outras mães. Muitas, mas são “nadica de nada” no universo bilionário das mães no tempo e no espaço.
Mesmo sem uma base empírica dentro dos padrões que a ciência pede, reforçarei aqui um palpite ou uma impressão subjetiva. NÃO HÁ MÃE QUE NÃO SEJA “MÃE”.
Óbvio, não?!
Não é uma obviedade, desde que admitamos que a palavra MÃE seja substantiva e adjetiva ao mesmo tempo. Pela minha experiência com uma pequeníssima fração delas, mãe é uma palavra “sui generis”. Minha mãe é uma “mãe”, as mães que conheci e conheço são “mães” e todas as mães da história são “mães”.
NÃO HÁ UMA MÃE OU QUE TENHA DEIXADO DE SER MÃE, QUE NÃO SEJA “MÃE”.
Mãe todos conhecem, embora nem todos conheceram e conviveram com suas mães, nem todos tem ou tiveram uma mãe. Mãe sem aspas é uma palavra substantiva feminina, significa progenitora ou criadora de um ou mais filhos ou filhas.
“Mãe” (aspeada) é palavra adjetiva, isto é, associada a qualidade ou atributos que todas as mães possuem. Mãe vai muito além de progenitora e muito além daqueles meses que carregou sua cria na barriga, mesmo sem ter vivido com a cria fora da barriga, sequer um minuto. Mesmo tendo sido apenas mãe grávida. Não se deve ignorar as mães adotivas, com muito respeito e admiração, todas merecedoras do adjetivo “mãe”.
“Mãe” são todas as mulheres que amam, que protegem, que se importam e que experimentam o gosto do que é o amor. Mesmo tendo perdido seus filhos, mesmo não compreendida pelos seus filhos, mesmo não tendo sido correspondida pelos seus filhos e mesmo odiada pelos seus filhos (sim isto é possível), as mães jamais abdicam de amá-los. Mãe é o amor na plenitude, incondicional e infinito.
Todos e todas tiveram uma mãe e experimentaram o gostinho deste amor, mesmo quem não se lembra. Todos e todas foram gerados em algum destes bilhões de úteros e amados por uma mãe.
A vocês mães, sobretudo a minha e a de minha filha, parabéns por serem “mães”.
Obrigado por me fazerem vivenciar o que é o amor.
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