CIRES PEREIRA
Entre uma atitude cínica e outra idiota, a impressão que faço do presidente em muitos pontos se assemelha a impressão que tenho sobre lideranças fascistas, como Hitler.
Ambos enaltecem o sentimento nacional e colocam a nação como um bem acima de tudo.
Ambos pregam a criminalização e a eliminação das esquerdas pra contenção do avanço do socialismo
Ambos rejeitam a ideia de uma sociedade dividida em classes como interesses diametralmente opostos.
Ambos creem que apenas um regime ditatorial será capaz de fortalecer a nação e impedir um governo popular e democrático.
Ambos defendem prioritariamente os interesses das elites nacionais.
Ambos consideram que os órgãos multidiplomáticos prejudicam o interesse nacional.
Ambos acreditam que a guerra é uma necessidade pra que se tenha a paz.
Ambos consideram as minorias, como, estrangeiros, grupos étnicos e homossexuais um estorvo ao crescimento econômico e à ordem nacional.
Ambos reiteram narrativas falsas até que se convertam em suas verdades.
As diferenças entre um e outro existem, em razão dos momentos históricos distintos. Por exemplo, o Hitler, em meio ao colapso do liberalismo econômico clássico, adotou uma postura intervencionista, protecionista e assistencialista na Alemanha dos anos 1930.
Bolsonaro elegeu-se propondo a intensificação da política neoliberal com privatizações, redução do Estado e livre concorrência.
Hitler, no lugar de Bolsonaro faria algo semelhante e Bolsonaro, no lugar de Hitler também faria, pois ambos se fartam numa mesma fonte doutrinal, o fascismo.
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